A Prefeitura de Mauá anunciou a expansão do programa CTD
(Centro de Tratamento de Transtornos da Dor Crônica), criado em agosto de 2023
e desenvolvido inicialmente no CER (Centro Especializado em Reabilitação) e nas
UBSs Zaíra 1 e 2, para o tratamento de pacientes com dores de alta
complexidade. Agora, a iniciativa – que já atendeu mais de 300 pessoas –
chegará a outras regiões do município.
Segundo a atual gestão, desde janeiro deste ano a prática
começou a ser levada a outros pontos de Mauá e servidores das áreas da
Fisioterapia, Enfermagem, Educação Física e Farmacologia estão recebendo
capacitação. A iniciativa se tornou uma alternativa aos casos que necessitem de
fisioterapia e possuem dores crônicas, pois o próprio fisioterapeuta da UBS
pode se utilizar da técnica ou encaminhar ao profissional que está no
território e realizou a formação. Em média, os pacientes passam por 5 a 7
sessões.
Com esse trabalho, Mauá segue a Lei Federal sancionada em 26
de outubro de 2023, que estabelece as diretrizes para o atendimento a pacientes
com síndrome de fibromialgia, fadiga crônica, síndrome complexa de dor regional
e outras dores crônicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A lei inclui no
atendimento integral, o acompanhamento nutricional e o fornecimento das
medicações. Por isso, a cidade se tornou uma das pioneiras, ao iniciar essa
interação, e o estabelecimento de protocolos com o objetivo de oferecer cada
vez mais um tratamento rápido, indolor e eficaz à população.
“Nosso objetivo é criar novas alternativas de receber e
atender esses pacientes. Muitos casos de encaminhamentos para o CER podem ser
resolvidos diretamente na UBS, com o acompanhamento de fisioterapeutas e a
inserção ao programa de atividades físicas, no caso o Viver Bem. Assim também
otimizamos e melhoramos a capacidade de atendimento da equipe multidisciplinar
do CER”, explica a secretária de Saúde Célia Bortoletto.
“Há algumas décadas havia o pensamento de que a incidência
da dor crônica era maior na população idosa, mas tal condição tem potencial
para se desenvolver mais rapidamente nas pessoas mais jovens”, diz o
coordenador do projeto CTD, o brasileiro naturalizado japonês Dr. Yujiro Abe,
que é fisioterapeuta, mestre em Ciências Odontológicas pela USP (Universidade
de São Paulo) e doutorando em Neurologia pela Faculdade de Medicina da
USP.
Segundo estudos breves na população atendida em Mauá, e
apresentados por Abe, as regiões do corpo onde há mais diagnósticos dos
transtornos crônicos dessas dores estão a lombar (24%), ombros (23%) e joelhos
(18%), mas tende a aumentar de acordo com o avanço dos atendimentos.
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