Mauá amplia tratamento de Transtornos da Dor Crônica

Por Portal Opinião Pública 29/02/2024 - 11:35 hs
Foto: Evandro Oliveira-PMM / Divulgação

A Prefeitura de Mauá anunciou a expansão do programa CTD (Centro de Tratamento de Transtornos da Dor Crônica), criado em agosto de 2023 e desenvolvido inicialmente no CER (Centro Especializado em Reabilitação) e nas UBSs Zaíra 1 e 2, para o tratamento de pacientes com dores de alta complexidade. Agora, a iniciativa – que já atendeu mais de 300 pessoas – chegará a outras regiões do município.

Segundo a atual gestão, desde janeiro deste ano a prática começou a ser levada a outros pontos de Mauá e servidores das áreas da Fisioterapia, Enfermagem, Educação Física e Farmacologia estão recebendo capacitação. A iniciativa se tornou uma alternativa aos casos que necessitem de fisioterapia e possuem dores crônicas, pois o próprio fisioterapeuta da UBS pode se utilizar da técnica ou encaminhar ao profissional que está no território e realizou a formação. Em média, os pacientes passam por 5 a 7 sessões.

Com esse trabalho, Mauá segue a Lei Federal sancionada em 26 de outubro de 2023, que estabelece as diretrizes para o atendimento a pacientes com síndrome de fibromialgia, fadiga crônica, síndrome complexa de dor regional e outras dores crônicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A lei inclui no atendimento integral, o acompanhamento nutricional e o fornecimento das medicações. Por isso, a cidade se tornou uma das pioneiras, ao iniciar essa interação, e o estabelecimento de protocolos com o objetivo de oferecer cada vez mais um tratamento rápido, indolor e eficaz à população.

“Nosso objetivo é criar novas alternativas de receber e atender esses pacientes. Muitos casos de encaminhamentos para o CER podem ser resolvidos diretamente na UBS, com o acompanhamento de fisioterapeutas e a inserção ao programa de atividades físicas, no caso o Viver Bem. Assim também otimizamos e melhoramos a capacidade de atendimento da equipe multidisciplinar do CER”, explica a secretária de Saúde Célia Bortoletto. 

“Há algumas décadas havia o pensamento de que a incidência da dor crônica era maior na população idosa, mas tal condição tem potencial para se desenvolver mais rapidamente nas pessoas mais jovens”, diz o coordenador do projeto CTD, o brasileiro naturalizado japonês Dr. Yujiro Abe, que é fisioterapeuta, mestre em Ciências Odontológicas pela USP (Universidade de São Paulo) e doutorando em Neurologia pela Faculdade de Medicina da USP. 

Segundo estudos breves na população atendida em Mauá, e apresentados por Abe, as regiões do corpo onde há mais diagnósticos dos transtornos crônicos dessas dores estão a lombar (24%), ombros (23%) e joelhos (18%), mas tende a aumentar de acordo com o avanço dos atendimentos.